Gostaria de deixar claro
desde o início de meu texto, que não pretendo, de forma nenhuma, motivar
pessoas a tomarem o mesmo tipo de atitude que eu, mas senti a necessidade de
explicar minha lógica, minhas motivações e meu raciocínio para que eu decidisse
não votar nas eleições de 2014.
Sempre fui politizado, na
verdade, por incrível que pareça, sempre tive paixão por política. Quando
criança me realizava assistindo ao “horário político”. Revoltei-me por não ter
podido votar com 16 anos! Por ter nascido em ano ímpar, só pude votar com 17, o
que já não parecia tão incrível assim. Já me filiei a partidos políticos, já
trabalhei em campanha, já participei do movimento estudantil e já mudei minha
visão e posição política em decorrência da leitura e da maturidade sem nenhuma
vergonha ou medo. Ser político já foi um sonho, acreditem! Junto com a inocência,
o sonho se foi.
Faz tempo que não assisto
plenárias, percebi que com o tempo fui perdendo a dureza para aguentar tudo
isso. Resisti mesmo após a descoberta óbvia de que política se faz com o fígado
e que qualquer um que percorra essa trajetória terá que, no mínimo, sujar os
solados com lama e merda. Acho que a pá de cal foi jogada após ou até mesmo
durante as manifestações (ou jornada, como queiram) do ano passado. O que vi
nas ruas me traduzia muito pouco! Mais do que isso, sabia que a “jumência”
daria lugar ao rosnado do povo, só não imaginei que por indigência de opções.
Não pretendo dissecar os
acontecimentos populares do ano passado, mesmo em uma opinião mais pedestre,
isso tomaria muito tempo, o que tornaria esse texto ainda mais chato. Posso
tentar fazer isso depois, mas somente por teimosia. O que me espanta é que
aparentemente, um recado havia sido dado. A tendência lógica e natural era de
que o povo se tornaria ao menos mais crítico em relação aos candidatos,
confere? Pois é! Então, não rolou! Depois disso, o que temos para o Rio de
Janeiro? O que temos para o Brasil? Vou tentar ser sintético e resumir os
candidatos que possuem percentual expressivo nas campanhas. Ainda assim,
ressalto, é só a MINHA opinião, a MINHA visão. Sem campanha, sem rodeio. Falarei
hoje, somente sobre a corrida para o governo do Rio de Janeiro.
Depois da narcose coletiva
dos meses anteriores, nosso maravilhoso Rio de Janeiro desponta como um dos
piores cenários políticos do país. Garotinho, Pezão, Crivella, Lindberg(h) e
Tarcísio Motta (este por mera consideração) formam a lista de opções para
ocupar o posto de governador do Rio de Janeiro. A sensação que eu tenho em meio
a esse indigesto menu é a mesma de ser perguntado por um suposto algoz sobre a
minha forma preferida de morrer.
Garotinho (ou boca de 'pelícia') é uma espécie de
Paulo Maluf fluminense. Na verdade, considero o Garotinho uma cruza entre o
Maluf, algum coronel político nordestino e o R. R. Soares. Ele é um combo de
corrupção, voto de cabresto, populismo, clientelismo e fundamentalismo. Como se
isso não bastasse, já sacaneou o Rio de Janeiro por um longo tempo, junto com
sua esposa, promoveram o ménage à trois mais vigoroso da história do País,
currando milhões de habitantes durante um longo e triste período de nossa
história. De longe, o mais corrupto de todos eles, mas vem puxando a fila.
Pezão (ou o fantasma do metrô de Ghost) representa a continuidade do modelo “rouba, mas faz” dos últimos oito anos. Parcerias sujas, concessões bizarras e jantares em Paris. A continuidade dele diz que nada disso mudará. Delta, Cavendish, Odebrecht, Cavendish e Delta.
Lindberg(h) (ou o Geoge Clooney do Agreste) anda um tanto
perdido, derreteu ao longo da campanha, parecendo o Aécio na corrida
presidencial. Seu trabalho na prefeitura de Nova Iguaçu não foi elogiado por
nenhum dos meus conhecidos de lá. Seus esquemas e escândalos também foram
expostos por diversas vezes. “De cara pintada à cara de pau”, esse trocadilho
define o que a maior parte das pessoas pensa a seu respeito, principalmente
analisando sua história. Agora resolveu defender causas espinhosas, como a
desmilitarização da PM, o que soa como desespero, pois seu partido foi um dos
grandes entusiastas do modelo da UPP, potencializado pela estrutura militar de
nossa polícia.
Tarcísio Motta (Apolinho ou Mamma Bruschetta) é uma
incógnita. O queridinho da jovem elite politizada, o preferido dos jovens do
voto facultativo, o retrato da inocência da esquerda de raiz. Frases feitas, um
visual despojado de vaidade e a bipolaridade discursiva, alternando empolação e
erudição acadêmica com frases feitas e “foras” do primário. Sem sombra de
dúvidas, o menos pior entre todos os citados. Com certeza, o único que (parece)
limpo e íntegro. Mesmo assim, tudo isso vem com um plano de governo bastante
perdido e muito pouco moderno. A ideia PSOLista dos “conselhões” soa como
inocente, pra não dizer bizarra, pelo menos pra mim.
Depois decidirei se falarei
mais sobre cada um deles. Na próxima vinda, continuaremos no Rio! Senado será a bola da vez!
Pra beber: Super Bock –
Lager portuga muito honesta! Ao contrário de certas pessoas...
que bosta. achei que fosse um blog interessante, mas só é mais um direitóide que se põe num pedestal moral gigante e acha que é o dono da verdade e o ápice da politização e coragem por criticar a esquerda.
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