quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Tiro ou Facada?




Gostaria de deixar claro desde o início de meu texto, que não pretendo, de forma nenhuma, motivar pessoas a tomarem o mesmo tipo de atitude que eu, mas senti a necessidade de explicar minha lógica, minhas motivações e meu raciocínio para que eu decidisse não votar nas eleições de 2014.

Sempre fui politizado, na verdade, por incrível que pareça, sempre tive paixão por política. Quando criança me realizava assistindo ao “horário político”. Revoltei-me por não ter podido votar com 16 anos! Por ter nascido em ano ímpar, só pude votar com 17, o que já não parecia tão incrível assim. Já me filiei a partidos políticos, já trabalhei em campanha, já participei do movimento estudantil e já mudei minha visão e posição política em decorrência da leitura e da maturidade sem nenhuma vergonha ou medo. Ser político já foi um sonho, acreditem! Junto com a inocência, o sonho se foi.

Faz tempo que não assisto plenárias, percebi que com o tempo fui perdendo a dureza para aguentar tudo isso. Resisti mesmo após a descoberta óbvia de que política se faz com o fígado e que qualquer um que percorra essa trajetória terá que, no mínimo, sujar os solados com lama e merda. Acho que a pá de cal foi jogada após ou até mesmo durante as manifestações (ou jornada, como queiram) do ano passado. O que vi nas ruas me traduzia muito pouco! Mais do que isso, sabia que a “jumência” daria lugar ao rosnado do povo, só não imaginei que por indigência de opções.

Não pretendo dissecar os acontecimentos populares do ano passado, mesmo em uma opinião mais pedestre, isso tomaria muito tempo, o que tornaria esse texto ainda mais chato. Posso tentar fazer isso depois, mas somente por teimosia. O que me espanta é que aparentemente, um recado havia sido dado. A tendência lógica e natural era de que o povo se tornaria ao menos mais crítico em relação aos candidatos, confere? Pois é! Então, não rolou! Depois disso, o que temos para o Rio de Janeiro? O que temos para o Brasil? Vou tentar ser sintético e resumir os candidatos que possuem percentual expressivo nas campanhas. Ainda assim, ressalto, é só a MINHA opinião, a MINHA visão. Sem campanha, sem rodeio. Falarei hoje, somente sobre a corrida para o governo do Rio de Janeiro.

Depois da narcose coletiva dos meses anteriores, nosso maravilhoso Rio de Janeiro desponta como um dos piores cenários políticos do país. Garotinho, Pezão, Crivella, Lindberg(h) e Tarcísio Motta (este por mera consideração) formam a lista de opções para ocupar o posto de governador do Rio de Janeiro. A sensação que eu tenho em meio a esse indigesto menu é a mesma de ser perguntado por um suposto algoz sobre a minha forma preferida de morrer.


 
Garotinho (ou boca de 'pelícia') é uma espécie de Paulo Maluf fluminense. Na verdade, considero o Garotinho uma cruza entre o Maluf, algum coronel político nordestino e o R. R. Soares. Ele é um combo de corrupção, voto de cabresto, populismo, clientelismo e fundamentalismo. Como se isso não bastasse, já sacaneou o Rio de Janeiro por um longo tempo, junto com sua esposa, promoveram o ménage à trois mais vigoroso da história do País, currando milhões de habitantes durante um longo e triste período de nossa história. De longe, o mais corrupto de todos eles, mas vem puxando a fila.
 
 
Crivella (o multiplicador, o terapeuta sexual dos peixes) é uma espécie de Garotinho, só que garoto! Rouba menos, finge que trabalha mais, mas é mais profundo nos ‘ismos’. Sou plenamente a favor da representação política do conservadorismo, acho que faz parte das contrapartidas da democracia, mas espero que isso continue sendo uma minoria a ser representada. Será realmente muito complexo ver essa brincadeira no Executivo.



Pezão (ou o fantasma do metrô de Ghost) representa a continuidade do modelo “rouba, mas faz” dos últimos oito anos. Parcerias sujas, concessões bizarras e jantares em Paris. A continuidade dele diz que nada disso mudará. Delta, Cavendish, Odebrecht, Cavendish e Delta.




 
Lindberg(h) (ou o Geoge Clooney do Agreste) anda um tanto perdido, derreteu ao longo da campanha, parecendo o Aécio na corrida presidencial. Seu trabalho na prefeitura de Nova Iguaçu não foi elogiado por nenhum dos meus conhecidos de lá. Seus esquemas e escândalos também foram expostos por diversas vezes. “De cara pintada à cara de pau”, esse trocadilho define o que a maior parte das pessoas pensa a seu respeito, principalmente analisando sua história. Agora resolveu defender causas espinhosas, como a desmilitarização da PM, o que soa como desespero, pois seu partido foi um dos grandes entusiastas do modelo da UPP, potencializado pela estrutura militar de nossa polícia.
 
 
 
Tarcísio Motta (Apolinho ou Mamma Bruschetta) é uma incógnita. O queridinho da jovem elite politizada, o preferido dos jovens do voto facultativo, o retrato da inocência da esquerda de raiz. Frases feitas, um visual despojado de vaidade e a bipolaridade discursiva, alternando empolação e erudição acadêmica com frases feitas e “foras” do primário. Sem sombra de dúvidas, o menos pior entre todos os citados. Com certeza, o único que (parece) limpo e íntegro. Mesmo assim, tudo isso vem com um plano de governo bastante perdido e muito pouco moderno. A ideia PSOLista dos “conselhões” soa como inocente, pra não dizer bizarra, pelo menos pra mim.

Depois decidirei se falarei mais sobre cada um deles. Na próxima vinda, continuaremos no Rio! Senado será a bola da vez!

Pra beber: Super Bock – Lager portuga muito honesta! Ao contrário de certas pessoas...

Um comentário:

  1. que bosta. achei que fosse um blog interessante, mas só é mais um direitóide que se põe num pedestal moral gigante e acha que é o dono da verdade e o ápice da politização e coragem por criticar a esquerda.

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